VIVA A DEMOCRACIA

Intriga-me o facto de as pessoas mentirem

e de no seu íntimo acharem que praticaram uma façanha.

Só elas mesmas, para dividirem,

o que tal acto de pequenez lhes traz sordidez tamanha.

Julgam-se mais espertas, que os demais;

estranho é que são estas as pessoas, a singrar na vida.

Mas todas as culpas, porque a elas iguais,

é deste infame patronato, de divisa indevida.

Por isso, hoje em dia, não há união, entre os trabalhadores;

haja ainda quem lute, contra moinhos de vento…

Escusado será dizer, que lutam contra Adamastores,

e que pouco mais têm, do que as abrigue, de dormir ao relento.

Estes são os que vão na vida, preservando a verdade,

a entreajuda, o companheirismo e a camaradagem.

Mau grado, porque aqui já não vence a humildade,

o mundo está feito, para quem nasceu para a pilhagem.

E riem-se… riem-se de suas acções cobardes…

pouco lhes importa, que uma vida de sacrifício, se vá assim.

E andam nas fábricas, com bocas de alardes,

esfregando mãos de contentamento, por verem dos outros o fim.

Então eu pergunto, o que deve ser feito,

para se voltar aos valores de outrora, onde trabalhar era uma virtude?

Acima de tudo ninguém pode entregar-se e andar contrafeito;

contra estes acéfalos lutar, com toda a força e atitude.

Jorge Humberto

03/07/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 04/07/2008
Código do texto: T1064404
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