ERA UMA VEZ UMA MULHER APAIXONADA . . .

Era uma vez,

Uma mulher apaixonada

e não correspondida,

aliás, como já ocorrera

inúmeras outras vezes,

apesar de seu amor

ser tão imenso,

tão desmedido,

tresloucadamente insano,

a ignorar barreiras

e limites,

pois, todos os obstáculos

eram transpostos

com tamanha facilidade,

que ela até supusera,

esse encontro fora de hora,

o marco de uma nova era,

em que viveria um amor de verdade.

E seguindo no desfiar do tempo,

sentia-se cada vez mais apaixonada,

até que, certo dia,

percebeu-se não mais inteira,

pouco menos de triste metade,

pedaço de si mesma em desalinho,

objeto que antes nunca fora;

quase assassinada

por aquela paixão sem resposta.

E foi assim,

que descobrindo-se infeliz,

despertou do sonho desencantado,

espreguiçou-se como felina,

escovou os dentes,

tomou banho e café

e foi viver a vida lá fora;

que isso de era uma vez,

de mito de príncipe encantado,

ou coisa que o valha,

que eu bem me lembre,

se a razão não me falha,

há muito tempo já era.

- por JL Santos, em 19/02/2008 -

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Enviado por jlsantos em 19/06/2008
Reeditado em 10/11/2010
Código do texto: T1041215