Nas Brumas

Nas Brumas

Meu sentido apura o perigo

O arco em mãos, lançada a primeira flecha

A ponta alcança meu próprio coração

A fé, em luta, em batalha....já perde a razão

Será que acreditar em tudo é meu maior defeito?

E passo agora a viver assim, com essa flecha atirada ao peito

Céu obscuro, cinzento, tal como meu pensamento

Perda dos sentidos, das buscas e anseios

Acreditei sim, como criança frágil, em meio a batalha

Será só dos deuses o banquete em Valhalla?

Creio que não...Creio ser também nosso, filhos do dragão

Aqueles que levam a VERDADE, com principal condição

Se tudo passa, o ciclo renova-se

Há da dor da flecha desaparecer

Há do dia novamente resplandecer

E a cicatriz desaparecer

(inspirado na mitologia Nódica)

Jade Camargo
Enviado por Jade Camargo em 26/04/2008
Reeditado em 26/04/2008
Código do texto: T962794