O meu soneto de infidelidade
O meu soneto de infidelidade
De tudo do meu amor me foi tormento
Sempre desmazelo, nunca nem enquanto
Mesmo em face do maior pranto
Ele ria-se mais de meu sofrimento.
Não quero vê-lo em nenhum momento
E hei de lançar um encanto:
Sentirás muito e fingirás tanto
Que eu não sairei de seu pensamento.
E assim, um dia, me procure
Quem sabe ajoelhe, chore, cative.
Cabe a solidão, fim de quem engana.
E que eu possa dizer ao amor que tive
Que se dane aquele que engana
E que seja infeliz até que finite.
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Uma homenagem, mesmo que triste, ao Mestre Vinícius, se me permite.
Primeira versão feita em 09/10/1994.