O meu soneto de infidelidade

O meu soneto de infidelidade

De tudo do meu amor me foi tormento

Sempre desmazelo, nunca nem enquanto

Mesmo em face do maior pranto

Ele ria-se mais de meu sofrimento.

Não quero vê-lo em nenhum momento

E hei de lançar um encanto:

Sentirás muito e fingirás tanto

Que eu não sairei de seu pensamento.

E assim, um dia, me procure

Quem sabe ajoelhe, chore, cative.

Cabe a solidão, fim de quem engana.

E que eu possa dizer ao amor que tive

Que se dane aquele que engana

E que seja infeliz até que finite.

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Uma homenagem, mesmo que triste, ao Mestre Vinícius, se me permite.

Primeira versão feita em 09/10/1994.

Liz Hardt
Enviado por Liz Hardt em 25/04/2008
Código do texto: T962085