COVARDIA
Se eu pudesse, como a brisa, ter o dom das carícias,
Testemunhar, como a lua, as traições sem notícias,
Se eu pudesse, num desabafo, chorar como a chuva
E fazer, como o vento, a próxima curva,
Se eu pudesse, eternamente como o mar, embalar a quem amo
Dizer no piscar das estrelas que a todo momento te chamo.
Se eu tivesse a grandeza do sol, para dizer que existo,
A firmeza da rocha e mostrar que resisto,
A velocidade da luz, para fugir da indiferença,
O breu da noite escura, para marcar minha ausência.
Se eu pudesse, com o relâmpago, dizer o que mais desejo,
Adoçar com o néctar o amargo sabor do meu beijo,
Se eu pudesse fazer do trovão o emissor do meu tímido grito,
Eu não temeria o amor, nem seus blefes infinitos.
Se eu pudesse, como a brisa, ter o dom das carícias,
Testemunhar, como a lua, as traições sem notícias,
Se eu pudesse, num desabafo, chorar como a chuva
E fazer, como o vento, a próxima curva,
Se eu pudesse, eternamente como o mar, embalar a quem amo
Dizer no piscar das estrelas que a todo momento te chamo.
Se eu tivesse a grandeza do sol, para dizer que existo,
A firmeza da rocha e mostrar que resisto,
A velocidade da luz, para fugir da indiferença,
O breu da noite escura, para marcar minha ausência.
Se eu pudesse, com o relâmpago, dizer o que mais desejo,
Adoçar com o néctar o amargo sabor do meu beijo,
Se eu pudesse fazer do trovão o emissor do meu tímido grito,
Eu não temeria o amor, nem seus blefes infinitos.