A dor oculta da noite escura

Nas solidões dessas longas estradas,

O frio intenso a alma me invadia,

Das gentes, a decepção me feria,

E em tudo, a falta de afeto se alastra.

Deito-me agora, em sono simulado,

Mas que mistérios o sonhar encerra?

Vago noturno, em busca da quimera,

E o que encontrei, me é ainda ocultado.

Taciturno, em demasia, me encontro,

Quem de si dirá o que em mim se vela?

Mistério da alma, em pranto e assombro.

Na noite escura, a dor me flagela,

E o que em meu peito, em segredo, eu mostro,

É a solidão, que em mim se revela.

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 25/02/2025
Reeditado em 25/02/2025
Código do texto: T8272596
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