DesequiLIBRISta
Nauseio-me
diante da presença dessa tua ausência diáfana
onde se põe a vomitar palavras
cruéis sangrentas pérfidas
Atordoante tua íntima alucinação
devora-te o corpo perverso
entorpece tua nave de palavras
Neblina-me os sentidos
perceber-te nesse ser disforme
Fazendo-se assim cada dia mais estrangeiro
na escuridão das profundezas que te tornas
Inebriado pela falta de sustentação
das tuas razões de moral desconexa
Provoca-me com sofismas
Até que o álcool deflora-te o que escondes sob a luz do dia
profano
revela-te o antropocêntrico amante
Ogro dos abismos execráveis
dos abraços de Sodoma.