DesequiLIBRISta

Nauseio-me

diante da presença dessa tua ausência diáfana

onde se põe a vomitar palavras

cruéis sangrentas pérfidas

Atordoante tua íntima alucinação

devora-te o corpo perverso

entorpece tua nave de palavras

Neblina-me os sentidos

perceber-te nesse ser disforme

Fazendo-se assim cada dia mais estrangeiro

na escuridão das profundezas que te tornas

Inebriado pela falta de sustentação

das tuas razões de moral desconexa

Provoca-me com sofismas

Até que o álcool deflora-te o que escondes sob a luz do dia

profano

revela-te o antropocêntrico amante

Ogro dos abismos execráveis

dos abraços de Sodoma.

Jaqueline Serávia
Enviado por Jaqueline Serávia em 19/01/2008
Código do texto: T823860
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