No mar da Solidão ()
No mar da Solidão.
Se fosse para navegar sozinho, de que me serviria o mar?
Meus tripulantes seriam meus sonhos a sondar-me o juízo e assim sendo, a quem eu comandaria?
Com quem leria a carta náutica, ou dividiria uma taça de rum se a solidão me fosse por companheira?
Ao içar as pesadas velas das dúvidas, os ventos não me conduziriam ao rumo desejado.
Chorei sozinho singrando as gélidas águas das incertezas por não haver ninguém com quem dividir meu navegar.
Ó infindo e tão revolto mar do meu eu, responde-me (para o alento de minh'alma) quantos horizontes há em ti?
Carlos Silva.