O outono dos amores.
Agora, que o final nos é realidade,
Não adiantam os intempestivos lamentos…
Agora, que o outrora, vai ficar na saudade,
Restar-nos-ão lembranças dos doces momentos.
Agora, aflora a despida e não cozida verdade,
Agora, vão-se embora, os vacilantes sentimentos…
E corre-se atrás, de forma voraz, de dignidade…
Agora, que a aurora surge em dias tão lentos,
A vida nos cospe na cara, tanta infelicidade!
Agora, é a gente quem chora esses fragmentos,
Agora um vazio vigora, sem sombras de piedade,
Cenários tão frios e tristes, a beirarem relentos,
Agora, o tempo se arvora, entregue às maldades,
A maltratar o amor, qual folhas secas, despedaçadas ao vento.