Despojos da poesia vagabunda
-Não faz mais outra coisa?
Obstinada com esta ideia na cabeça
A ter sonhos se pautarem por sua trilha.
Espada de dois gumes tal escolha!
As navalhas com que fere outras pessoas
A tentativa de à gangrena fechar logo
Com o pus da pópria espinha que expremeu.
Não tem mais outra vida,
Desde que a mente se obceca
Por construir a oposta torre de bebel,
Pois dentro dela des'que existe se concebe,
É a espinha dura das flores da coroa
Onde somente o ramo verde
E a luz roxa do advento sobrevivem,
Pois lhe ataca a nauseabunda alma.