O beijo da despedida
Veio como tarde de verão
Tão repentino e covarde
Sem emoção, é verdade
Sem qualquer compaixão
Seu cerne era de despedida
O que outrora já me foi mel
Tornou-se agora em puro fel
Predito "o amor da minha vida"
O motivo foi o mais torpe,
Não havia necessidade alguma.
Claro como se feito o mar, a bruma,
A última gota de tinta de nosso amor.
O último beijo que demos, seco e gélido.
Foi o dia em que fui para não voltar.
Gabriel Alves