FOI A SEIS ANOS!

FOI A SEIS ANOS!

 

Eu disse ao diabo: Foi a seis anos!

Desde que ele cantou por vitória,

E sangrando, por inveja de humanos,

Ele fez me sentir sem história.

 

Mas por não ser culpado de fato,

Me tentaram por todos os anos,

Sacudindo meu alforje no mato,

À procura dos seus desenganos.

 

Mas o que declararam em versão,

Foi a fala colhida no achaque,

Num filme, ao querer ver a mão,

Onde nada se viu em destaque.

 

Degustar um charuto não pode,

Nem coçar um corpo tão suado,

Se a conversa é coisa de nobre,

E não passo de reles fardado.

 

Se olhar demais é impróprio,

E olhar de menos é descuido,

Como posso expor um colóquio,

Se eu sou proibido de tudo?

 

Duvidaram das minhas perguntas,

Renegaram as minhas respostas,

Creditaram-se teorias malucas,

Como um rosto feito nas costas.

 

Devastaram a vida de um pobre,

À procura por suas riquezas,

Mas só viram o vazio do cofre,

E uma roça das frutas de mesa.

 

Mas ceifaram o seu maquinário,

Que furtaram no seu abandono,

Pois não pôde ser mandatário,

Nem viver de colher seu abono.