Sempre assim.
Eu conheço o seu coração, os seus pensamentos,
Meu poço de solidão, razão dos meus sofrimentos,
Eu vivi sob suas ilações, encantado, abobalhado,
E mergulhei nas ilusões, num duplo twist carpado.
Eu mesmo me conduzia ao tão perigoso mergulho,
O destino me aplaudia, e eu me enchia de orgulho,
Mas a imersão me cegava, no fundo, eu me perdia,
De ilusão me ensopava, quanto mais ao fundo eu ia.
Eu pensei viver a verdade, mas quão ingênuo eu fui,
Foi mesmo pura falsidade, que na realidade dilui,
E o tempo, mais uma vez, se encarrega da verdade,
Tal qual a dor da viuvez, que dura uma eternidade…
Mas o mal pouco perdura, para quem vive de amor,
Apesar das amarguras, no fim não há o dissabor,
E a alegria retoma a vida, num tempestivo renascer,
Já sem a dor da despedida e felizmente sem você.