Destoante.
Era um amor estranho,
Que queria ter tamanho,
Queria ser medido…
Era um amor muito estranho,
Que se fazia no banho,
Querendo ser bebido…
Mas tornou-se um amor desmedido
Sôfrego, nos desejos perdido…
Um amor de outro mundo…
Um amor pela dor consumido,
Pela distância e descuido abatido,
Um amor de dissabor tão fecundo!
Um amor até certo ponto profundo,
Mas que durou apenas segundos,
Ante a própria intensidade…
Um amor feito de saudades,
Às vezes, de felicidades…
Realmente um estranho amor.
Amor engolido pela realidade,
Desprovido da eternidade,
Isso, descobri, não é amor,
É apenas dor…
Apenas uma dor!