NUNCA MAIS...
Nunca mais te verei! Nunca mais em meu peito
Sentirei o calor do teu seio
ofegante!
Nunca mais serás minha! E, sozinho no
leito,
Que foi nosso, recordo o teu corpo
vibrante!
Pungente solidão, desespero
e despeito
vem torturar sem piedade a cada
instante,
neste exílio em que vejo o meu sonho desfeito,
sonho do nosso amor que eu julgava
Constante!
Nunca mais te verei! Cresce minha
amargura!
No entanto, surgirás em cada
Pensamento,
Como recordação da mais bela
ventura!
Pois, embora este amor tenha sido o
Tormento
mais forte e mais cruel, também foi a
ternura
que as horas me abrandou de tédio e
sofrimento!
Tácito