LUTO E QUARTÉIS

LUTO E QUARTÉIS

Estava muito cansado,
Pois a cidade é um luto,
Se o toque é de resguardo,
E o silêncio é resoluto.

Somente as sirenes tocam,
No socorro da ação piedosa,
E as pessoas logo se entocam,
Com medo da morte jocosa.

Então eu recorri ao mato,
E os grilos são meu tormento,
Que exigem o anonimato,
E não entendem o lamento.

De ver a peste que grassa,
Onde a ignorância impera,
E o esgoto na praça,
É o lodo numa caverna.

E os quartéis vivem em festa,
Com o sabor de meu sangue,
Se a paz não interessa,
Aos patifes… aos infames!

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