SOBRE DECEPÇÕES
As vezes a vida de alguém
Se dilui na nossa,
Faz de nós uma estrela maior
traz acordes e o coração adoça.
Dá à nossa vida, um rumo
De nau à deriva do amor
Que troça da onda hostil,
Dos desvãos, do despreso ou rancor.
Sem menos, desce para o ventre
Aberto do infortúnio,
Os sonhos mais belos
Vão brotar num rubro plenilúnio.
Voejam na solidão
Sem luzes nem nuanças,
Como aves de azeviche,
Todas as esperanças.
Que em vão tentam fugir
À dor que as agasalha
Envolvendo o amor
Em líquida mortalha...
(Chuvas amontoam-se nos horizontes...)
T@CITO/XANADU