FOI-SE O BRIO ANTE A BELIGERÂNCIA

FOI-SE O BRIO ANTE A BELIGERÂNCIA

A quarentena nos para,
Nos controla e limita,
E até os gases estufa,
Já não acham guarita.

As motos já não matam,
Quem se acidenta na via,
Se elas não se chocam,
Durante uma Pandemia.

Mas ainda enfrentamos,
Uma ganância maldita,
Destruindo a Floresta,
Numa pira ardida.

Vendem a vida da flora,
Matando também a fauna,
Sem pensar no futuro,
E nas doenças que exalta.

Como serão nossos dias,
Com a cadela no cio?
Enxertada por Cérbero,
Num SS sombrio!

Como ter sobrevida,
Se a ferida se abriu?
E são uns contra os outros,
Em um escuro vazio!

Como estar frente à bomba,
Se acenderam o pavio?
Se a sanidade debanda,
Sobrando um mundo vadio.

Com tanta beligerância,
Contra o pobre com frio,
Sem cobertor na infância,
Se o esgoto é o rio.

Será mesmo inconstância,
A dor que causa fastio?
Ou será funesta lembrança,
O lar de quem teve brio?