A ELITE QUER ESCRAVOS

A ELITE QUER ESCRAVOS

Passaram-se os dias,
Mas nada mudou,
Ainda há apostasias,
Ou o mundo parou.

E parou naquele tempo,
De um tirano Senhor,
Pois o povo é o jumento,
Pra quem o quer servidor.

Onde reis querem pajens,
Ou mais eunucos no amor,
Com escravos e a criadagem,
Como sádicos frente à dor.

A elite quer servos pra messe,
Tendo prazer e forjando o favor,
Que o humilde lhe pede em prece,
Pois pobre vive com o andor.

A plebe ora no dia a dia,
Aflita e sempre com pavor,
Pois sente apenas azia,
Na fome de um sonhador.

Desejando ser livre um dia,
Fugindo do torturador,
Desconhecendo a vil alegria,
De um funesto Senhor.

Que debocha todos os dias,
De um povo trabalhador,
Fingindo nos dar alforria,
Querendo de nós o pendor.

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