AMORES PERDIDOS
Eu quero amar e nunca amar ninguém pelos belos escuros;
Sentir o além, a quem...Viver uma vida cuspida no asfalto;
Em terra árida em lama destorcida do amar em ninguém;
Amar em meio ao desamor de não ter ninguém.
Esqueço todas estações assim florida em pó que será cinza;
No quase nada dessa caminhada em fim tênue do cansaço;
No esquecido desejo dos teus teu braços que longe falam...
Escuto o mesmo fiar de linhas distorcidas em bordados.
Se eu nessa dúvida permaneço uma mescla que se desfaz no vácuo;
Onde as estrelas mortas falam de amor num ressentimento triste;
Devo abrir meus braços e beijar as sombras do amor que castiga;
Pelo anúncio da distância em traças linhas de um terço em beijo;
Desejando nas flores o que foi dado com resposta através do beijo;
Que da alvorada a iluminar, tira-medo caminho angustiante do amar.
Se pensam que nestes desenhos a tardina à beira do silêncio;
Que ao olhar seguro, porém, sem nenhuma partida quero amar, céus!
Então devo ser eu uma estrada sem espinhos no frêmito desejo;
De sentir o acalando no nascer do sol num poente mirante;
Que sempre dar-me-á o beijo partido do amor que fatiga o tempo.
Nessa trajetória entre a escuridão d'alma;
Reconheço o fim como começo da vida;
Na alma que te espera em pontos de luz;
refletindo o sorrir do dia que chorou em lua;
O fim da espera entre o buscar e o assim ficar.