AMORES PERDIDOS

Eu quero amar e nunca amar ninguém pelos belos escuros;

Sentir o além, a quem...Viver uma vida cuspida no asfalto;

Em terra árida em lama destorcida do amar em ninguém;

Amar em meio ao desamor de não ter ninguém.

Esqueço todas estações assim florida em pó que será cinza;

No quase nada dessa caminhada em fim tênue do cansaço;

No esquecido desejo dos teus teu braços que longe falam...

Escuto o mesmo fiar de linhas distorcidas em bordados.

Se eu nessa dúvida permaneço uma mescla que se desfaz no vácuo;

Onde as estrelas mortas falam de amor num ressentimento triste;

Devo abrir meus braços e beijar as sombras do amor que castiga;

Pelo anúncio da distância em traças linhas de um terço em beijo;

Desejando nas flores o que foi dado com resposta através do beijo;

Que da alvorada a iluminar, tira-medo caminho angustiante do amar.

Se pensam que nestes desenhos a tardina à beira do silêncio;

Que ao olhar seguro, porém, sem nenhuma partida quero amar, céus!

Então devo ser eu uma estrada sem espinhos no frêmito desejo;

De sentir o acalando no nascer do sol num poente mirante;

Que sempre dar-me-á o beijo partido do amor que fatiga o tempo.

Nessa trajetória entre a escuridão d'alma;

Reconheço o fim como começo da vida;

Na alma que te espera em pontos de luz;

refletindo o sorrir do dia que chorou em lua;

O fim da espera entre o buscar e o assim ficar.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 29/11/2019
Código do texto: T6806372
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.