DO SONHO QUE SONHEI
Solano Brum
Tantas foram as vezes em que a esperei,
E outras tantas, que chorei, sem perceber
que minha alma - do sonho que sonhei -,
rendera-se ao amor, sem “nada” receber!
O céu, ardendo em lânguido entardecer,
chorava nas esperas... o próprio astro rei,
as vezes, coitado, sentindo-se esmorecer,
era um irmão na dor do sonho que sonhei!
E foi por quarenta anos a longa espera!
A mesma hora e lugar, a mesma solidão,
sujeitos ao fogo das narinas da quimera!
Por tanto tempo, a nenhuma eu aceitei,
porquanto dispus meu pobre coração,
cativo, numa cela, do sonho que sonhei!
= = = =
Solano Brum
Tantas foram as vezes em que a esperei,
E outras tantas, que chorei, sem perceber
que minha alma - do sonho que sonhei -,
rendera-se ao amor, sem “nada” receber!
O céu, ardendo em lânguido entardecer,
chorava nas esperas... o próprio astro rei,
as vezes, coitado, sentindo-se esmorecer,
era um irmão na dor do sonho que sonhei!
E foi por quarenta anos a longa espera!
A mesma hora e lugar, a mesma solidão,
sujeitos ao fogo das narinas da quimera!
Por tanto tempo, a nenhuma eu aceitei,
porquanto dispus meu pobre coração,
cativo, numa cela, do sonho que sonhei!
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