AS PALAVRAS
Léo Pajeú
Faça uma lista de suas palavras,
Quantas, você escreveu ou falou, um ano atrás,
Quantas, você ainda diz todos os dias,
Quantas, você já não fala mais?
Faça uma lista, a quem às deferiu!
Quantas, você insistiu em pronunciar?
Quantas pessoas, você feriu...
Quantos amores, conseguiu findar.
Quantas, você ainda reconhece,
Num fato passado ou agora,
Será, que as palavras, envelhece?
Quantos delas, agora você ignora?
Quais mistérios, cada uma guardava,
Quantas pessoas, chegou a ofender,
Quais segredos, você armazenava
Talvez, você e ninguém! quisera saber?
Quais mentiras, você falava,
Outras quais, teve que esquecer,
Quantas ficaram presas e você tolerava,
Outras, era melhor não esclarecer?
Quantos discursos você declamava,
Ou só fazia de conta, ao dizer?
Quantas palavras, você declarava,
Quando nem sabia, quem era você?
Com quantas palavras, você ofendeu...
Seu pai, sua mãe, os amigos,
Com quantas, você se escondeu,
Fazendo-as, de teias e abrigos.
Quantas palavras, você usou o desrespeito,
Quando não era necessário descrever,
A tua pretensão e teu preconceito,
Conservado na alma do teu padecer.
Quantas palavras, eram incógnitas,
Quantas, não deveria existir,
Outras, eram nulas, apenas insólitas,
Era apenas, sua forma de se proibir.
Faça uma lista de suas palavras...
Léo Pajeú
Faça uma lista de suas palavras,
Quantas, você escreveu ou falou, um ano atrás,
Quantas, você ainda diz todos os dias,
Quantas, você já não fala mais?
Faça uma lista, a quem às deferiu!
Quantas, você insistiu em pronunciar?
Quantas pessoas, você feriu...
Quantos amores, conseguiu findar.
Quantas, você ainda reconhece,
Num fato passado ou agora,
Será, que as palavras, envelhece?
Quantos delas, agora você ignora?
Quais mistérios, cada uma guardava,
Quantas pessoas, chegou a ofender,
Quais segredos, você armazenava
Talvez, você e ninguém! quisera saber?
Quais mentiras, você falava,
Outras quais, teve que esquecer,
Quantas ficaram presas e você tolerava,
Outras, era melhor não esclarecer?
Quantos discursos você declamava,
Ou só fazia de conta, ao dizer?
Quantas palavras, você declarava,
Quando nem sabia, quem era você?
Com quantas palavras, você ofendeu...
Seu pai, sua mãe, os amigos,
Com quantas, você se escondeu,
Fazendo-as, de teias e abrigos.
Quantas palavras, você usou o desrespeito,
Quando não era necessário descrever,
A tua pretensão e teu preconceito,
Conservado na alma do teu padecer.
Quantas palavras, eram incógnitas,
Quantas, não deveria existir,
Outras, eram nulas, apenas insólitas,
Era apenas, sua forma de se proibir.
Faça uma lista de suas palavras...