FRAGMENTOS
FRAGMENTOS
AUTOR; Paulo Roberto Giesteira
O que foi um dia uma única parte,
Agora são duas melancólicas distantes metades;
São idêntico as dispersões como de descartes,
Andando adiante as buscas das permissividades.
De um cálice caído no chão espatifado,
Quadro de família com o vidro transparente quebrado,
Luzes que enegrecem pelos ambos feridos lados,
Planos desfeitos desfazendo tudo que estava planejado.
Féculas das flores coloridas despetaladas,
Olhares estranhos das pessoas mal encaradas,
Bens separados cada um para o seu preferido lado,
Maltrapilho em seu pior deplorável estado.
Fragmentadas pelas estagnações passadas pelo tempo,
Numeradas pelas partículas que movem com o vento;
Tristezas consoladas pelas dores de todos os momentos,
Lado mais forte dependente de um resolvido provento.
Enfrentando afrontando as escuridões dos longínquos cantos,
Lenços molhados pelos enxugados prantos,
Pedaços pelos refúgios apostados pelos recantos,
Gole ressentido sozinho a uma marquise como acalanto.
Chão espalhado do que está contado pra se lamentar,
Objetos esquecidos em um canto a quem foi deixar,
Poeiras sobre os móveis pede para alguém limpar,
Do que fica sobre aquilo que alguém foi abandonar.
Do líquido que por uma superfície foi derramar,
Lagrimadas despedidas que fazem alguém tristonho chorar,
Adeus profundos que encaminham as pessoas em viajar,
Acenos marcados pelo instante vivido em qualquer lugar.
Pedaços dispersos espalhados pelo chão,
Tempestades fortes relampejando com intensos trovões;
Janelas observando pra onde os volumes das pessoas vão,
Largados de lado a espera de uma reconciliação.
Fragmentos do que um dia foi uma coisa somente,
Minúcias das repartidas das ligadas correntes,
Do atrás que poderá passar para o lado que fica a frente,
De uma parte a outra separadas sabendo que uma a outra são como afluentes; recorrentes.