ADEUS ADEUS
ADEUS ADEUS
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Vá pelos distantes lugarejos por onde não há nada a encontrar,
Por ruas esburacadas nas topadas escorregadias a explicitar,
Tristezas nostálgicas trazem saudades a fazer chorar,
Pelos retornos entornos de quem aposta naquilo que deva voltar.
Por bem longe as vistas revistas tendo algo a alcançar,
Longínqua pelo insignificante tempo exposto pelo relento a vagar,
Caminhos intermináveis aparente para perdido caminhar,
Isolados daqueles aquém deva aproximar.
Por onde distante as luzes intensas a iluminar,
Lampejos das horas demoradas a que sozinho deva acompanhar,
A despedida a quem quer interiorizado a compartilhar,
Sua dor do gosto de que um dia foi a desgostar.
A falta lembradas pelas lembranças guardadas...
Lugares largados das marcações desamparadas,
Do último aceno insinuando um epilogo estruturado,
De quem se foi pelos corpos cadáveres as localidades estirados.
A andar pelos tráfegos transeuntes por não ter onde possa ficar,
Não tendo onde morar por perder aquilo que teve pra amar;
Pelas ruas da amargura de bar em bar a embebedar,
Das marquises em marquises a relutância pra morar.
Pelos vazios das vidas por não ter nada aonde ocupar,
Esquecimento de nada ter para lembrar;
Das estradas das retas com chuvas a tudo molhar,
Relâmpagos a raios que faz o céu todo clarear.
Por entre as pessoas que estão a passar,
Evasões dos abandonos por bem longe por onde vá passar,
Dos lugarejos bem distantes que não deva haver nada para verificar,
Adeus... adeus estando distante a partida que por ser cruel foi praticar.
Por um adeus distante na tristeza que ficou por aqui a consolidar.