Vitória Régia
Não me peça que te ames,completa de abismos!
Amor é pleito de plantio único e à utero e foz!
De uma semente,toda uma colheita!
Amor difuso,casta pedra,e alinhavos turvo de verso,
que te vestes,perfidia tua! Perdeu-se o cio,
nas entranhas o barulho do tempo,são ponteiros de relógio de pulso!
E pulsa pulso o tempo incansável, desmedido de calor!
Já fiz mala tua e coloquei todos teus cetins;
Sou fêmea,e meu feitio é de dar vida,não mais correntes!
Agora definitivo ,infortúnio teu,e a mim,
no vento ,flor e eito,recolhem folhas secas,estio e ferida de peito;
Pulsa o pulso,por puro desalinho teu,em cometer-me perfídia;
Falta tua de nobresa e desconforto,por nos ter- nos dado pele nua
Contenção que em tudo coração se reparte!
Saia sem vincos,falência tua ,geraste gosto amargo,feito absinto,
cativo meu ofício de poeta, indeleável sangria,deste-me fel;
Nas avenidas de teu coração ,não mais passarei,
"Minha alforria sou eu quem negocia "
Na pele vazia de ti ,voltei de morte lenta e não mais fiz verso;
Agora para fora de tudo,sou eu e o exílio
de tudo que excedo ,em verbo no infinitivo!!
Gentilmente cedida ,linha de verso"Minha alforria sou eu quem negocia",pelo Poeta Cléber Bispo !