BRISA PÁLIDA

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Pálida é a súbita noite
Que se fecha ao sabor dos ventos
Não ligando para o açoite
E tampouco ouve os meus lamentos

Nascendo plácida e seguindo alta
Adormece no leito dourado do horizonte
Iluminando os vazantes da ribalta
E a margem da esquina que vende seu monte
Sempre atenta a quem lhe confronte

Pálida é a minha face enrugada
Tez sem brilho, só sobra de lágrima
Lábios trêmulos de tristeza parda
Olhar baço de peixe em combate de esgrima

Pálida  é a brisa que invade intrépida
Secreta, inóspita e vadia
Sem cor, sem som, descabida
Que chegou errante, me tirando a alegria
Coisa que jamais pensei que em mim se apagaria


 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 14/11/2017
Reeditado em 24/11/2017
Código do texto: T6171903
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