TEREZA
Carlos Silva
Os olhos de Tereza eram luzes
Prumo de viagem,farol de ida em rumo certo.
A boca de Tereza era uma gruta de mel,servido ao nectar sublime do beijar molhado e atiçando as partes escondidas no linho do.meu vestir. Tereza ria.
Os seios de Tereza,palpáveis no aveludar das mãos massageando auréola e bicos empinados apontando pra lua do céu da minha boca.
A pele desnuda,lisa e arrepiada de Tereza,eriçava pelos e tremia a voz mesmo sem ser frio, num calor abrasador envolto em delírios puros chamados desejos.
As curvas de Tereza, confluências de rotas a seguir,já sabendo onde queria chegar.
O mar bailando espumas claras, convidando Tereza a cirandar seus gritos de liberdade, cavalgando firme sem pensar em cansaço do galope.
Assim era a minha doce Tereza, (Tê, Téca) antes de vê-la balbuciar suas últimas palavras dizendo adeus, sustentando um malicioso sorriso, mordendo o lábio inferior, deixando-me assim, num mar de solitários devaneios, desperto pelo sol quebrando com seus raios o anúncio para o meu acordar.
Cadê Tereza?
Deve estar dormindo ou nesse exato momento acordando, noutros braços que não os meus.