Deus, como o dia está escuro!
Sombrio...Nem uma réstia de brisa
Momentos silenciosos, indiferentes...
Nem mesmo medo ou dor...
Como se não houvesse mais poesia.

Nem cogito o manifestar de alguma
alegria_ Seria loucura, eu sei...
Mas a ausência de quaisquer sentimentos
é quase uma navalha que corta a artéria
sem no entanto provocar sangria.

Vejo corvos varrerem o céu
Tão negros quanto as densas nuvens
Uma premonição de infortúnio
Véu da morte...Talvez a grande sorte!
Medo de quem vive...
Anseio de quem apenas existe!

Um raio cruza o ar rarefeito!
Um pensamento meu
Lembranças...Saudades talvez?
Mas isso foi há muito tempo...
Em outra vida
Uma outra vez...
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 05/12/2016
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