Engraçado
Não sei ainda o sentido de mim.
Percebo o sentido das coisas
Dos transeuntes que passam sob minha janela
Da chuva que cai, molhado o solo árido
Do sol que brilha após a chuva
Do arco-íris que enfeita o intervalo entre os dois...
Só não sei ao certo o sentido de eu ser.
Ser que segue sem razão de ser!
Carrego o mundo sobre meus ombros
( parece que para isso nasci)
Parece que sou quase invisível
Indiferente aos olhos de todos
Vida sem importância
Florir sem elegância
Talvez um burro de carga
Ou um espaço vago que ninguém quis preencher,
Todos vivem
Eu existo
Como uma árvore no meio do caminho
E porque existo?
Não há porque
Uma árvore no meio do caminho nada diz
Nada acrescenta
Nada subtrai...
Sou apenas um sonho
que se esvai ao amanhecer...
Uma lembrança fugidia...
Um silenciar
Uma ausência completa de razão.
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 05/12/2016
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