A vaidade da verdade.
Quando a mente interage com a madrugada
E você é acusada de insensata
Mesmo expondo a verdade não dita
Recebe olhar de quem a mentira já grita.
Dizem que excesso de sinceridade
Esconde em seu seio uma maldade
De quem te inveja e não te quer bem.
Mas pode a exposição da realidade
Visando impedir as ilusões de acuidade
Ser confundida com o mal à alguém?
Na verdade isso é uma lição
Para que lembres que nem sempre a afeição
Livra os seus da suspeição
De que a vaidade leva desde conflitos à traição.
E não se pode guardar mágoa por isso
Pois escolher o lado certo leva ao compromisso
De aos próprios pecados não ser mais omisso.
Mas afinal quem pode a primeira pedra atirar
Se todos podemos provar do mesmo pecar
Pois o mesmo dedo livre e apontado para acusar
Deixa os outros quatro dedos virados para nos incriminar.