ODE À SAUDADE
Não quero aqui fazer um Ode,
Ou talvez, inspirado, até faça,
Saudoso, pensando em você
Minhas lágrimas não disfarça.
Foi-se idos tempos de outrora
Que pra voce cantava radiante,
Os cânticos do amor que aflora
Do coração intenso de amante.
Lembro: já fui pássaro cantante
Água cristalina matando sua sede,
Vento fresco como um calmante
Embalando sussurros na rede.
Fui noite suave, calor do seu dia,
Fui a razão dos sonhos, segredos...
O embebedar da trova, da poesia...
Luar de prata clareando seus medos.
Ah! Nostalgia... quantas saudades
Do seu cheiro... dos seus beijos...
É como um réquiem de maldades;
Martirizando meus dias e desejos!
Haromax