"TÁCITO PENAR"
Morri,
No momento em que você não deu valor aos meus versos.
Disfarcei num riso, toda a inesperada decepção.
Fiz um poema tão rico, real e lindo.
Denegri a beleza da lua, humilhei o seu brilho e perante a tua beleza, a coloquei secundária.
Comparei "Oh minha amada" O cintilar de toda constelação como meros focos espargidos no firmamento, pois para mim, o brilho do teu olhar ofuscava todas as estrelas.
Todavia, desfez-se dos meus versos e com uma furia nunca por mim presenciada, amassara com tuas mãos enrijecidas e carregadas de um odio indescritivel.
Após jogar meus versos ao chão, abaixei-me sorrindo disfarçando a dor que só um poeta nesse momento sente.
Um tapa, doiria menos que o teu contemplado gesto ao matar entre os teus dedos, a poesia que fiz para você, com todo e mais sincero sentimento.
Morri, mas estes versos, jamais serão sepultados.