Cresce a crença
Os dias
Marcam tempo
E distância.
Mas trago
Dentro de mim
A luz que preciso
Para que o amor não se perca
Porque o amor
Resplandece ternura
E nos resume.
Trago comigo a saudade
Que me faz companhia
E que me deixa sem saber-me
Minha saudade anda solta,
No vento,
No espaço,
No vazio da ausência
Em cada canto do quarto
Em tudo que me cerca,
Faz morada para me maltratar
E me faz soluçante.
Me abandono em ti
Mas, pouco a pouco,
Sinto a luz da esperança
E torno o teu corpo
Em meu corpo.
Entremanhãs,
Nasce a poesia.
Mas não sou poeta
Apenas lanço palavras que se chocam.
Mesmo plantando rosas.
Uma existência vaga,
Me faz sofrer.
A ausência também,
Assim como a presença que machuca.
O amor, caricatura e roto
Me deixa morto
Nessa hora a estrela desaparece
Em minha aurora.
Mas, o livro fica sempre aberto,
Com o certo e o incerto
O futuro está nas páginas
E nas letras silenciosas
Que se embrulham
No tempo afora
O momento,
Agora...
Cresce a crença ,
As crianças,
As rosas
E os sorrisos, colhem as pétalas que caem
Quero a vida,
Renascendo,
Ressurgindo.
Quero o toque da ressurreição
E o amor-paixão
Amor abençoado,
Na vida,
Em vida,
Com vida.
E em seguida
Quero a busca da ternura antiga.
Quero habitar o que existe em ti
Quero viver o que vivi.
Consumar o meu destino
E que as flores saibam o segredo
Que guardo no meu peito.
Profundo,
Desvendo os mistérios do mundo
E sigo com poemas soltos
Escritos em caderno de papel barato.
Nasce o sol,
A natureza canta
E uma festa de cores se faz cúmplice.
Fico resoluto no meu rumo.
Quero cobrir os espaços do nascer do dia
Sentir a aragem da praia distante,
E no meu horizonte
Encontrar-me com o sol...
E nunca mais chorar.