REGURGITANDO
O que será de mim
Depois do fim?
Do ultimo suspiro?
Quem rezará na
Minha morte abençoada?
Trago feridas expostas,
Abertas, sangrando...
Tendo que ficar
Me protegendo, sempre,
Numa batalha insana
De perguntas sem respostas.
Porque não lutar?
Todos temos que ir a luta.
E não importa a qual deus
Se serve o resultado
será sempre o mesmo.
Todos chegaremos
Em algum momento
A empunhar a espada
Do fim... dos mortos...
O encontrar com o final
Não e opção aos desistentes,
E sim resposta ao respirar
No caminhar da carruagem.
Não sei se devo
Cumprir meu destino
E me jogo sempre
Na cova dos leões.
Busco a liberdade
Dass multidões que gritam
Na quietude das planícies.
Meu desapontamento
É justiça e se apressa
Diante da ambição do existir...
Sim! me armarei
Com a couraça da justiça,
Minha justiça, que é rio
Caudaloso e límpido.
Há muitas formas
De coragem em meus sonhos,
E neles luto até a morte, e
No final, minhas virtudes
Serão invisíveis
Não existiram.
E na doença louca que me atormenta
Os dias que me atropelam em
Culpas intangíveis... regurgito,
Estranhas e tresloucadas falas:
O balbuciar da alma...
O afogar da razão...
O mergulhar no insano;
O regurgitar os dias...
Haromax