Punhal de Prata
O amor custa uma rosa
Que muitos deixam murchar
Um amor que, mesmo indelével
Muitos tentam apagar...
Ele pode tornar-se realidade
Mesmo que se ouse apenas sonhar
Enfim, o amor custa uma vida
E muitos o deixam passar...
Qual, então, seria a resposta
Do enigma do amor?
A quimera que nasce invisível
Surpreendendo as circunstâncias
O tempo e o espaço
Dá-nos o viver, tira-nos a vontade...
Mas que pode fazer da calma tempestade
No imenso tempo de um segundo...
O amor que retumba esquecido
E, reduzido ao nada, ferido
Suicida-se com punhal de prata
Deixando mais viva a dor...
Mesmo na morte da chama bela
O ar da vida renasce, redimido pelo próprio amor,
O diamante da vida
Abrigando na simplicidade da flor...