CATARATA
(Samuel da Mata)

Onde quer que fores, leva a alma tua
Para que lá frente, não queiras voltar
A razão é afoita, mas muito insegura
E sozinha algures, se põe a chorar

A razão e a alma rusgam às escondidas
Passam a noite toda em ponderação
Mas ao clarim do dia, estão decididas
Marcham atreladas num só coração

Mata em tédio a alma, quem não se assume
Quem não se decide entre viver ou sofrer
Em remorsos e dores o seu viver resume
Pois de seus rancores não pode esquecer

Lágrimas são feitas pra lavar os olhos
Pra tirar a trava que nos impede ver
Muda teu caminho, fuja dos abrolhos
Põe um sorriso novo neste teu viver
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 30/10/2013
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T4548025
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.