DEVANEIOS
(Samuel da Mata)
Eu vi como num único instante os sonhos são desfeitos
Vi como é indomável a loucura e vazio todo o preceito
Vi ao se evaporar da paixão o quanto o amor ao ódio é sujeito
Vi quanto a vida é ilusão e como é dura a dor que arde ao peito
Entendi que o amor que perdura é seco, fugaz e mesquinho
Não se entrega e de si não esvazia, não divide jamais o seu ninho
Não busca a flor que desponta, não encara das rosas os espinhos
Não chora os seus desenlaces, está sempre mui cônscio e sozinho
Loucura é a cegueira do encanto e falso o fervor da alegria
Amargo é o desencanto quando o peito de paixão se esvazia
O amor é o prelúdio do pranto e o pavio de uma dor tardia
Coração é borrão do insucesso e nunca aprende com a dor
Noutros olhos suas juras esquece e se entrega de novo ao amor
Mãos que sagraram amargura hoje trazem um sorriso e uma flor
(Samuel da Mata)
Eu vi como num único instante os sonhos são desfeitos
Vi como é indomável a loucura e vazio todo o preceito
Vi ao se evaporar da paixão o quanto o amor ao ódio é sujeito
Vi quanto a vida é ilusão e como é dura a dor que arde ao peito
Entendi que o amor que perdura é seco, fugaz e mesquinho
Não se entrega e de si não esvazia, não divide jamais o seu ninho
Não busca a flor que desponta, não encara das rosas os espinhos
Não chora os seus desenlaces, está sempre mui cônscio e sozinho
Loucura é a cegueira do encanto e falso o fervor da alegria
Amargo é o desencanto quando o peito de paixão se esvazia
O amor é o prelúdio do pranto e o pavio de uma dor tardia
Coração é borrão do insucesso e nunca aprende com a dor
Noutros olhos suas juras esquece e se entrega de novo ao amor
Mãos que sagraram amargura hoje trazem um sorriso e uma flor