NÃO QUERO AMAR-TE
(Samuel da Mata)

Não quero amar-te, tu já bem percebes
O quanto eu blindo e guardo ao meu peito
Fortaleza de assombros a dor entregue
Ruínas e vis restos de amor desfeito

Não quero amar-te, mas não é por covardia
Sou volúvel como a brisa aos teus encantos
Mas é que o amar que me seduz, por ironia
Foge de mim e faz-me réu dos desencantos

Melhor vazio de ilusão estar ao teu lado
De seu carinho a cada dia, ser mendigo
Do que eu ver meu coração apaixonado
Cair no hades ao teu fugir do paraíso

Não quero eu te amar, pra quando fores
E ignorares tudo o que eu sinto por você
E não ver se transformar todas as flores
Somente em ódio e ignomínia do viver
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 17/10/2013
Reeditado em 07/10/2016
Código do texto: T4529070
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