CÁLIDA NOITE
Cálida noite que incendeia meus desejos
Fazendo-me escravo deste amor louco
Que irrompe minhas entranhas assim a esmo
Mergulha-me num soturno arrebatamento
Deixando-me a sua mercê e, pouco a pouco,
Vai matando-me e queimando-me por dentro.
Quero fugir mas não consigo evitar
Pois, a cada dia uma nova noite vem
E recomeça novamente minha agonia
Que transforma a realidade em fantasia
E me faz crer que ainda posso ter seu bem.
Ah! Noite traiçoeira que vem me atormentar
E não deixa que eu tenha um pouco de paz
Não maltrate mais este coração, tão judiado
Mortalmente ferido e já despedaçado
Que não suporta e não consegue viver mais.
Cálida noite, leve-me contigo ao seu final
Para que eu não veja a luz de um novo dia
E não tenha que esperar uma nova noite
E sofrer novamente esta agonia
Pois, do amor sinto o flagelo do açoite
Que me mata, lentamente, que ironia!
Ilha Solteira/SP
02/09/2013 – 17:08h