CÁLIDA NOITE

Cálida noite que incendeia meus desejos

Fazendo-me escravo deste amor louco

Que irrompe minhas entranhas assim a esmo

Mergulha-me num soturno arrebatamento

Deixando-me a sua mercê e, pouco a pouco,

Vai matando-me e queimando-me por dentro.

Quero fugir mas não consigo evitar

Pois, a cada dia uma nova noite vem

E recomeça novamente minha agonia

Que transforma a realidade em fantasia

E me faz crer que ainda posso ter seu bem.

Ah! Noite traiçoeira que vem me atormentar

E não deixa que eu tenha um pouco de paz

Não maltrate mais este coração, tão judiado

Mortalmente ferido e já despedaçado

Que não suporta e não consegue viver mais.

Cálida noite, leve-me contigo ao seu final

Para que eu não veja a luz de um novo dia

E não tenha que esperar uma nova noite

E sofrer novamente esta agonia

Pois, do amor sinto o flagelo do açoite

Que me mata, lentamente, que ironia!

Ilha Solteira/SP

02/09/2013 – 17:08h

Daniel L Oliveira
Enviado por Daniel L Oliveira em 02/09/2013
Reeditado em 02/09/2013
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