AMOR PROIBIDO...
Jaz no além dos meus sonhos mais íntimos
A resignação metafórica da utopia voraz.
Nela, transborda o florescer de meus sóis...
Surgem como sentimentos antagônicos
Embalados pela inconsciência do coração ferido.
Amo-te sem pudor ou razão – paixão descabida!
Menina faceira, que meus olhos fascinam.
És tu, minha velada utopia de desejo e amor:
Unilateral, ímprobo, frustrado!
Amor enclausurado, paixão sem pudor!
Martírio infinito de uma vida profana? Sentimentos
Originados de meu alvedrio, de minha mente insana,
Renegada pela castidade atroz de não mais te possuir?
Pratico sim esse sentimento indevido, agônico,
Revelado somente em meus cantos
Onde cultivo no jardim de meus prantos
Idílios dessa paixão não vivida!
Busco então fragmentar meus sonhos
Insensatez de um mundo incompreensível
Do qual não encontra ressonância, e se faz,
Odiado pela magia desse próprio AMOR PROIBIDO...