EU ATÉ TENTEI...

Eu até tentei!

Eu até tentei reagir.

Pela manhã, levantei,

Tomei meu banho...

Mas até mesmo quando

Ainda estava no banheiro,

A dor me machucava muito.

É terrível!

É muito triste receber tanta maldade,

De quem jamais esperei.

Precisava dar uma saída

Mas não resisti, tive que voltar

Para a cama.

A inércia tomou conta de mim.

A dor é bem maior quando

É causada por quem amamos.

Nem sei agora como será minha vida.

Isto é: Se eu continuar (...)

Não tenho mais nenhum motivo

Para que isso se faça.

Vejo-me perdido em meus sonhos

E ilusões...

Vejo-me inerte até mesmo

Para alimentar o meu corpo.

Procuro reagir, não consigo.

Procuro pensar, ah!

Até me esforço,

Mas logo deparo com

Uma força maior que me impede.

Procuro esquecer as maldades,

Em vão!

O que me resta?

Resigno-me,

De repente noto

Uma lágrima descendo

Solitária em minha face.

E eu me interrogo,

O que fazer?

Até penso que já morri.

E novamente tento reagir.

Mas a crueldade desta minha sina

Obriga-me novamente

A me conformar (...)

E noto que para que você seja feliz,

Eu tenha que sacrificar

O meu desejo de encontrar

A felicidade.

Neste momento medito,

E chego a conclusão

Que se for para este fim.

Até me conformo.

Vou apagar os sonhos que sonhei.

Vou esquecer a felicidade

Que almejei.

E só para que você

Seja feliz,

Todo meu eu, sacrificarei.

Esconderei meus sentimentos,

Vou fingir um sorriso,

E seguirei meu destino,

Tão só como nasci.

Eu até tentei!

Mas logo notei que sem

O teu amor,

Minha vida não tem sentido!

Por isso apenas me resta

Dizer:

Fique em paz amor,

Deus te abençoe!

“JAMAIS CONFUNDA O POETA COM A SUA OBRA”

(POPE - 1688 - 1744)" - Epistola II -

O autor é membro Efetivo da Academia de Letras de Cachoeiro de Itapemirim, E.S. Fundador e primeiro Presidente eleito da Casa da Cultura de Cachoeiro de Itapemirim.