Mal dito amor de amigo
Não descreverei o amor, mas a dor do que faltou
Sentimento intangível tingido de lágrimas, soberbo amor
Convencido de sua força até contra a gravidade lutou
Mal dita amizade, separada mesmo, assim com esse amor
Não me entreguei fácil e sem saber dançar pro você valsei
Se o maestro pode mudar o tom musical por que tu não me vês?
Seu semblante mira a outro que deve estar lá fora, e eu cá fiquei
Tu deliras por outro, e eu, teu eterno ex-amigo tombo cá dentro
Ao som de sua respiração, sigo sem reação, mas tu não me vês?
Em seu vestido transparente, vejo um véu branco de ilusão colorida
Ou apenas um fantasma nada camarada a debochar “meu melhor amigo”
Esse mal dito amor que restou, alpha que não encontrou seu omega
Extravio da correspondência de um órfão de calor: amor de amigo!