Então vem o tempo ...

Há ocasiões em

que nós não somos

nós,

há um tempo em que

os fatos, as coisas, os

sentimentos se misturam

de tal forma que nem

mesmo a razão, o coração

ou qualquer outra coisa

tem o condão de resolver.

Então vem o tempo,

vêm os dias,

longos, sofridos,

cheios de expectativa,

de esperança,

de uma vontade incontrolável

de te ver,

que dói, que toca lá dentro,

que queima como brasa.

Então vem o tempo,

então vêm as dúvidas,

o ciúme,

o ranço,

chega-se às raias de

uma infantilidade perdida

há muito,

há tanto que nem sequer

lembramos como era.

Então vem a solidão,

o desespero,

a vontade de gritar,

de explodir em vontades

perdidas em meio ao desejo

de estar contigo.

Então, em meio a um gole

e outro,

neste mesmo guardanapo,

explodem os versos,

caindo das entranhas,

traduzindo a ânsia de

vida que sinto,

acalantando os sentimentos

reprimidos.

Webmar
Enviado por Webmar em 07/11/2011
Código do texto: T3322316
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.