O NÃO SENSO DA POLUIÇÃO

Absorto, em meus pensamentos,

numa letargia, sem precedentes,

olho a janela, aberta para o fora,

e o que vejo é uma realidade crua,

de ferros retorcidos e máquinas,

sem ter mais uso, encostadas a um

canto poeirento, desvirtuando

o campo, que ainda assim persiste.

Fábricas vomitam vidro, junto com

outros excedentários, poluindo a

parca natureza, com a sua fuligem,

que vai tingindo as poucas árvores.

E o velho rio, de sempre, apresenta

tons lamacentos, que meus olhos

detectam, com uma extrema tristeza,

relembrando, o quanto azuis, eram

suas águas, em tempos, que já lá vão.

E os pássaros, em debandada, procuram

poisos certos, no aço dos guindastes,

que pululam, sem vida, ferindo a paisagem.

Jorge Humberto

03/11/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 03/11/2011
Reeditado em 23/07/2024
Código do texto: T3315213
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