O NÃO SENSO DA POLUIÇÃO
Absorto, em meus pensamentos,
numa letargia, sem precedentes,
olho a janela, aberta para o fora,
e o que vejo é uma realidade crua,
de ferros retorcidos e máquinas,
sem ter mais uso, encostadas a um
canto poeirento, desvirtuando
o campo, que ainda assim persiste.
Fábricas vomitam vidro, junto com
outros excedentários, poluindo a
parca natureza, com a sua fuligem,
que vai tingindo as poucas árvores.
E o velho rio, de sempre, apresenta
tons lamacentos, que meus olhos
detectam, com uma extrema tristeza,
relembrando, o quanto azuis, eram
suas águas, em tempos, que já lá vão.
E os pássaros, em debandada, procuram
poisos certos, no aço dos guindastes,
que pululam, sem vida, ferindo a paisagem.
Jorge Humberto
03/11/11