A certeza de não ter sido amado
A madrugada se diluiu no meu olhar,
Na minha voz, os silêncios tumulares
As vastidões querem me abraçar,
Vazios dos espaços intra-estrelares...
Meus sonhos se embalam em dolências,
Tenho porões atulhados de medos,
Carícias das minhas experiências...
Meus anseios vazam por entre dedos...
O que sobrou de mim depois da luta
Com os desejos nunca completados
Foi o infinito cansaço da labuta,
Respiração no corpo esquartejado,
A languidez do olhar na alma muda,
E a certeza de não ter sido amado...