MEU SILÊNCIO!

Eu me recolho em meu silêncio.

E o que faço é apenas meditar.

Logo percebo que, mesmo sofrendo,

Existem horas em que tenho de calar-me.

Em minha quietude, vou além dos sonhos

Que, algum dia, atrevi sonhar.

Enfim, percebo que a ilusão

Deixa-nos incapaz de raciocinar.

Então vejo que é melhor silenciar-me

Do que contestar princípios que não são meus.

Eu noto enfim que é melhor ouvir

Do que ao próximo eu até poder ferir.

Por isso, calo e prefiro assim.

E recolhido fico até por alguns dias

Sem que ninguém entenda

Esse gesto meu.

Longe de tudo, apenas meditando,

Sobre todos aqueles que vivem maquinando o mal

Com o sentimento de prejudicarem a alguém.

Nestes momentos, sou induzido a orar:

Peço a Deus para livrar o inocente

De toda maldade que domina os “fracos”.

Oro também pelo pecador

Para que seja liberto do vil opressor.

Que se redima diante do Pai,

Para que, um dia, possa ter seu perdão.

Em meu silêncio,

Após pedir a Deus que liberte a todos,

Medito sobre as maravilhas

Que nosso Mestre criou.

Pela manhã, desperto com o cantar dos pássaros,

E, novamente, agradeço a Deus

Por tudo aquilo que Ele nos concedeu.

Agradeço pelo sol que brilha,

Pela brisa suave que vem nos acariciar...

Pela chuva que vem regar as matas

Para que o seu verde jamais venha faltar.

Pelo ar também eu agradeço ao Pai,

Sem ele, eu sei, jamais haveria vida.

Enfim, por tudo devemos glorificar

Ao Criador por tanto nos amar!

O autor é membro Efetivo da Academia Cachoeirense de Letras,

fundador da Casa da Cultura de Cachoeiro de Itapemirim e primeiro

Presidente eleito.