Garimpeiro transcendente
Entre as coisas esquecidas
Me vi a procurar um dia
Os planos que talvez tenha feito
A espera de sentir alguma alegria...
E me deparei com uns escritos,
Coisas que eu não mais entendia,
Se é que me foram claras alguma vez
as expressões que à minha frente via...
Eu li várias vezes aqueles textos,
Várias vezes me senti imerso na agonia...
Para compreensão faltava uma palavra,
Ora apenas um borrão no seu lugar aparecia...
E eu pensei que talvez não fossem meus
Aqueles sentimentos de revelia,
E que os puseram ali seres extraordinários
Para me convencer de como finda a fantasia...
Pois se sou eu agora tão cético
Como pude escrever cantos tão pueris?
Ah, eu já sou calejado de tudo isso,
Não se importem comigo seres gentis!