Serviçais dos anais públicos
Maldito serviço de utilidade plúmbeo,
Porque de pública nem mesmo a intenção.
Que não me incorram bônus nem por infortúnio,
Teu serviço não agracia qualquer prestação.
As esquinas infestadas de tua marca vil,
Tão cheias de pompas e tão secas de ação.
Não cumpre teu propósito de servir a mil,
Serve a si próprio com nosso quinhão.
A quem devia salvaguardar não pondera cuspe,
Num discurso alucinógeno de safas serpentes.
Aniquilam com maestria heróis recorrentes,
Pra que em futuro, nenhum serviçinho lhe custe.
Maldito serviço de inutilidade cinza,
Hibridizaram as rosas e criaram o canhão.
Dispararam farpas em quem não se guina,
Acertaram municípios, estados e união.
Maldito seja o bendizer do ladrão,
Do colarinho em desasseio de tanta branquidão.
Entalhado de magistratura, quanta presunção,
Magarefe de gente este anacrônico patrão.
Maquinam maus servidores os brios do homem.
Calçados na inocência dos oprimidos e fracos,
Juraram solenemente valerem-se dos cargos,
Mas não valem faustosamente o sal que comem.
Subtraíram para si os louros de nosso patacão,
Sem anelos aparentes nos abarrotaram na dívida.
Família 4A do sexto nível, nos cornos do ladrão,
Maldita subserviência de inutilidade Lívida.
Carlos Roberto Felix Viana