Presa da paixão
Meu coração nasceu com asas vermelhas de amor
Com sangue apaixonado mais esplêndido que carmesim
Suas penas cintilantes eram colírios que provocavam emoções
Aos olhares que miravam a sua coreografia no horizonte
Fazia cair dos céus uma chuva de amor para a terra perfumar
Um ser que aprendeu que tudo podia alcançar
Se amasse seus sonhos e abrisse suas asas pra lutar
Conheceu o seu destino de águia que nasceu pra dominar os céus
Inquieto, resistente e utópico batia asas num vôo fervente de paixão
Até que foi contemplado com a realidade escorrendo sobre suas mãos
Eis a glória da paixão pintada na terra com muita sedução
Eis a tristeza de um amor que perdeu suas asas pra o tempo que as atrofiou
Asas antes invejáveis condenadas a se descolorirem numa velha gaiola sombria
Escrava de uma não correspondida paixão a clamar pela chave ou sua libertação...