Perdoa-me

Oh! Não entristeça-te o coração.

P’r favor, peço perdão

Por ferir-te assim o peito.

Tuas lágrimas são amores

Destilados e sem cores,

Mas no fundo tam perfeitos.

Ai! O que fiz foi vil,

Foi infame o que sentiu

Na tu’alma, no teu peito.

És tam bela quando chora –

Lírio lindo me descora... –

Mas não quero-a desse jeito.

Umedece-te a roupa

A gota leve... Olha outra!

Vai caindo... é tam perfeito

Que apaixona-me a mente

E tua tristeza é simplesmente

Um viandante no teu peito.

Erga a fronte... Ao horizonte!

Sinta o vento daquele monte

E traga vida ao peito teu!

Dar-te-ei muitos carinhos

E dir-te-ei aqui baixinho:

És dos deuses o apogeu!

Phillip Oak
Enviado por Phillip Oak em 17/08/2011
Código do texto: T3165898
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